A partir do inicio do assentamento informal o fenômeno em si mesmo tem uma sinal: uma expressão própria de auto-organização, autoprodução e autogerenciamento do seu hábitat. Expressão própria que tem sido “adquirido” pela réplica incessante das experiências positivas da efetivação na implantação das moradias; ou seja, que a cultura de constituir formalidade por meio da informalidade tem-se comunicado no tempo através de uma tradição de experiência e tradição oral que tem servido de insumo para que os assentamentos de origem informal se reproduzam indistintamente, se repetindo uns aos outros com as variáveis próprias das condições ambientais do lugar e da idiossincrasia dos atores sociais que forjam os processos. Aquilo que começa com uma simples localização de espaços de uns espaços medianamente habitáveis, aos poucos se transforma em uma “estrutura ordenada” estabelecida a partir do conhecimento prévio da trama urbana formal e na intuição da comunidade para aproveitar de melhor forma as condições de locação tanto geográficas quanto topográficas. Dessa forma, assentamentos de origem informal não são ortogonais nem retilíneos, mas muitas vezes são tortuosos e sinuosos, pretendendo replicar modelos urbanos estabelecidos com um lugar de inicio, mas no de finalização determinado.
A pesar dos razoamentos lógicos e da práxis que acompanham os processos urbanos informais, é inevitável, em alguns casos, que se produza o impacto ambiental que traz consigo a implantação de um conjunto espacial caracterizado pela não concorrência de normativas urbanísticas, o déficit no acesso e cobertura de serviços públicos e a utilização de terrenos inadequados para construir; aspectos que contribuem a intervenções pouco adequadas dos contextos geográficos na locação das moradias.
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