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Pobreza, exclusão social e desenvolvimento

Pobreza tem sido definida como “um processo complexo de escassez de recursos econômicos, sociais, culturais, institucionais e políticos que afeta aos setores populares e que está associado principalmente às dificuldades para a inserção que prevalecem no mercado de trabalho: instabilidade, informalidade, baixos salários, precariedade trabalhista” (Ziccardi). O tema da pobreza inicialmente foi analisado em relação à marginalidade, principalmente sobre as origens e as estratégias de sobrevivência que são próprias dele.

A teoria da marginalidade surgiu das reflexões sobre o cambio social propostas pelos defensores do enfoque da modernização. Com influencia da perspectiva dualista, tentou explicar a pobreza urbana e a não-integração dos pobres recentemente urbanizados na vida e na economia urbana. Mas passou rapidamente de uma noção geográfica e econômica para outra sociológica y psicológica, passou de ser entendida como a localização de moradias na vizinhança das cidades e nos enclaves de pobreza nas áreas centrais, á falta total de influência desta população na toma das decisões em todo nível. Passou de uma perspectiva de focalização que demonstrava uma forte relação entre marginalidade e vida rural para uma de Direitos Humanos que se localizava nas limitações de um grupo populacional a um conjunto de direitos civis, políticos, econômicos e sociais.

Finalmente, ficou sobre algumas características culturais em direção à formação de uma subcultura que, ao tempo que produzia formas típicas de identificação, gerava auto-exclusão de formas de relação e interação legítimas predominantes na sociedade para chegar ao conceito mais recente de exclusão social que fala de um desemprego de larga duração, de um número cada vez maior de pessoas que não tem moradia, de novas formas de pobreza entre imigrantes, mulheres y jovens, mesmo tanto aos grupos marginais como aos novos grupos de excluídos do trabalho, do crédito, dos serviços sociais, da instrução, de uma moradia em condições de dignidade, etc.

Conceitualmente, exclusão recolhe o conceito de marginalidade e amplia para abranger as novas formas de exclusão desde diferentes dimensões: como a fragmentação tridimensional da sociedade gerada pela diferenciação étnica, a alteração da pirâmide populacional e a pluralidade de formas de convivência familiar, ou como o impacto da economia post-industrial sobre o emprego, gerador tanto de trajetórias ocupacionais em uma diversidade de itinerários complexos e dilatados no tempo, como uma flexibilização irreversível dos processos produtivos na economia informal, desregulamentação trabalhista, erosão de direitos trabalhistas e enfraquecimento de esquemas de proteção social, ou como o déficit de inclusão do estado de bem-estar que tem consolidado fraturas de cidadania, e o caráter segregacionista de certos mercados de bem-estar com uma presencia pública muito débil: o melhor exemplo, talvez seja o mercado do solo e y da moradia.

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